segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

RESPOSTAS DO EXERCÍCIO SOBRE A TERMORREGULAÇÃO EM AMBIENTES QUENTES E AMBIENTES FRIOS

Para um melhor entendimento sobre o tema que será abordado iniciarei com algumas características gerais sobre a termorregulação e logo após quais são suas influências na prática de exercícios físicos.
Os seres humanos são homeotermos, ou seja, mantém sua temperatura corporal constante, e para gerar calor utiliza-se dos músculos esqueléticos. A temperatura do corpo humano varia basicamente entre 36ºC e 37ºC, porém podem acontecer algumas alterações. Devido a problemas de saúde, por exemplo, uma febre que ultrapasse os 45ºC de temperatura ocorrera a destruição da estrutura protéica das enzimas e se por ventura ocorrer uma queda de temperatura abaixo dos 34ºC o corpo apresentara uma lentidão metabólica. Outras alterações que apresentam de temperatura são exercícios intensos e prolongados bem como condições extremas de calor ou frio.
O corpo humano apresenta um centro regulador que desempenha um papel primordial na manutenção do equilíbrio térmico, o hipotálamo. No hipotálamo posterior ocorre a produção e conservação de calor. Já no hipotálamo anterior ocorre somente a perda de calor. Veremos agora como o hipotálamo controla a temperatura do corpo humano.
Os receptores sensoriais ou termorreceptores detectam as alterações de temperatura através de mudanças climáticas ou pelo corpo “trocar calor” com determinado objeto ou até mesmo através da alimentação e exercícios físicos, ou seja, o corpo transforma e transfere energia. Logo após ter ocorrida a leitura dessas informações, elas são enviadas até o hipotálamo e com isso ele ativa mecanismos de regulação da temperatura do corpo.
A temperatura corporal humana aumenta em ambientes quentes com isso o ganho de calor e menor do que a perda. Já em ambientes frios diminui e com isso a perda de calor é maior que o ganho. Fatores que contribuem para o ganho de calor são os hormonais, a atividade muscular, a alimentação, meio ambiente, modificações posturais e TMB. Para a perda de calor acontecem quatro processos físicos tais como radiação, condução, convecção e evaporação. Vale ressaltar que o corpo está sempre à procura de valores de temperaturas homeostaticos seja qualquer o processo envolvido.
Na termorregulação induzido pelo frio (produção e conservação de calor) ocorrem ajustes vasculares como uma vasoconstrição periférica no qual reduz o fluxo de sangue quente para a região mais fria e o redireciona para as regiões centrais mais quentes. Os tremores são ciclos rápidos de contração e relaxamento involuntária do mm esqueléticos que aumentam cerca de 4 a 5 vezes a produção de calor. Os calafrios geram certo teor de calor metabólico, porém o exercício físico trás melhor contribuição contra o frio. Na termogênese ocorre o estimulo do metabolismo através do sistema simpático que ira produzir calor através da transformação de energia. Por fim, há maior produção de calor durante a exposição ao frio às catecolaminas e quanto maior for o strees no frio será liberado a tiroxina que é um hormônio que induz um maior metabolismo em condições de repouso.
Na termorregulação induzido pelo calor (perda de calor), já foram citados anteriormente os quatro processos físicos sendo que um deles especificamente a evaporação proporciona a principal defesa do organismo contra o superaquecimento nas altas temperaturas durante o exercício.
Na radiação ocorre a perda de calor através dos raios infravermelhos e também através da transferência de calor de um objeto para o outro sem que haja contato. O corpo absorve energia térmica solar fazendo com que ele se esquente e o único meio de ele resfriar é evaporando o suor.
A perda de calor por condução envolve o aquecimento das moléculas de ar e das superfícies mais frias que entram em contato com a pele. Por fim, a convecção envolve uma perda de calor devida o resfriamento do ar quente que envolve o corpo através do vento (zona de isolamento). Contudo, devemos relacionar a evaporação com a umidade relativa do ar (URA), pois a umidade relativa do ar e determinante para a quantidade de suor vaporizado.
Conceituando URA podemos dizer que é a quantidade de água em uma substância ou material. Com isso, há uma determinada relação com a quantidade de água presente na atmosfera a uma determinada temperatura para certo total de umidade que poderia conter, sendo transcrita em valores percentuais. Quanto maior for à umidade relativa do ar menos o seu corpo evapora o suor para o resfriamento fazendo com que ocorra um aumento de temperatura corporal central, com isso o individuo sentira muito calor com temperatura ate vinte e cinco graus Celsius, com isso fazendo com que o individuo se desidrate perdendo água inutilmente pelo suor e se superaquecendo. Deve-se beber bastante água para regular a temperatura interna e hidratar. Porém, se a URA for baixa, maior será o resfriamento do corpo em uma atividade física, com isso a temperatura corporal poderá ser controlada e até mesmo suportar temperaturas elevadas. Deve-se beber muito liquido para hidratar o corpo e as vias aéreas, pois em tempo seco as vias aéreas se prejudicam na pratica de exercícios.
Quando o individuo está praticando qualquer atividade física a quantidade de calor produzida aumenta fator que depende da intensidade e não da temperatura externa. Portanto, mesmo em climas frios o seu corpo irá aumentar de temperatura na pratica de exercícios.
O sistema circulatório possui um papel muito importante na termorregulação durante o exercício, pois uma das funções desse sistema é o transporte de calor bem como o sangue conserva calor também. Em atividade, o músculo necessita de sangue para que tenha uma melhor eficácia na pratica. Para que ocorra uma termorregulação durante o exercício, necessita de que o sangue arterial que drena o músculo em atividade distribua o excesso de calor para o centro do corpo. Com isso o sangue deverá ser desviado para a periferia a fim de transportar o calor metabólico para que ocorra o esfriamento da superfície da pele.
Para que o sistema fisiológico funcione adequadamente em exercícios em condições climáticas diversas é necessário que o individuo se adapte as condições climáticas que poderá ocorrer de sete a quatorze dias dependendo do individuo e variação de temperatura. Para uma melhor aclimatização recomendam-se treinos intervalados ao contrario de treinos longos, pois em cada clima o sistema fisiológico se comporá de forma diferente para que ocorra uma adaptação adequada. Preconizam-se treinos de três a cinco dias com duração de vinte a sessenta minutos. Os atletas mais aclimatizados possuem uma maior taxa de sudorese onde regulam melhor a temperatura de seu corpo.
Para que um individuo tenha um rendimento adequado em climas quentes este devera um bom sistema oxidativo treinado para poder trabalhar por longos períodos e tolerar uma hipertermia. Porem se a temperatura estiver muito alta atrapalhará o desempenho na atividade tanto em indivíduos treinado quanto em indivíduos destreinados. Em atividades submaxímas o debito cardíaco e semelhante tanto em ambientes frios e quentes. Porem o volume de ejeção que costuma ser ejetado pela sístole e menor no clima quente, em proporção a perca de liquido proporcionado pelo exercício. Com isso ocorrerá um aumento na freqüência cardíaca. Até mesmo em exercícios máximos o DC é menor, pois nem aumentando a intensidade do exercício fazendo com que a FC suba fará com que o VE sistólico aumente.
A transpiração é um outro fator importante que se modifica na prática de exercícios em climas quentes, pois o corpo tende a uma maior sudorese acarretando a uma desidratação. A desidratação é simplesmente perda de água corpórea que em ambientes quentes ocorre uma produção excessiva de suor que consequentemente uma perda de eletrólitos e diminuição do volume sanguíneo, devido a diminuição do fluxo de sangue que tem por conseqüência uma diminuição do volume plasmático de sangue. Fato decorrido a uma alta na FC que faz com que o VE diminua influenciando no DC. Um outro fator fisiológico que ocorre é o aumento na liberação de ADH e aldosterona.
Quando atividades submaxímas continuam sem sobrecarga excessiva no sistema fisiológico haverá uma dependência maior do metabolismo anaeróbico resultando no desgaste das reservas de glicose e glicogênio, acumulo precoce de lactato devido a uma menor captação de lactato pelo fluxo de sangue hepático reduzido e fadiga prematura, devido a altas temperaturas. Ao se praticar exercícios no calor devem-se levar em conta alguns fatores que modificam a tolerância ao calor com aclimatação, estado de treino, sexo, idade, gordura corporal e distúrbios como cãibras exaustão e intermação.
No frio as atividades físicas são diferentes. O ser humano tem mais dificuldades de se adaptar em climas maias frios. Um clima frio gera um músculo mais fraco e predisposto a lesões, com isso o sistema nervoso altera os padrões de recrutamento de fibras musculares, isso diminui o poder de potência e velocidade de encurtamento do músculo. Além disso, a atividade no frio reduz a temperatura do cérebro e as quantidades de oxigênio para os tecidos, os consumos de oxigênio são maiores durante atividade muscular leve a moderada. As respostas metabólicas ao exercício são o aumento das catecolaminas no metabolismo dos lipídios fazendo com que os AGL aumentem menos do que em exercícios em climas quentes.

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