sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

ATIVIDADE FÍSICA VERSUS SEDENTARISMO

É visível nos moldes da sociedade em que vivemos perceber que as pessoas estão em um estilo de vida mais monótono sem a realização de atividades físicas regulares. Para melhor entendimento do que seja atividade física, a mesma irá ser conceituada logo a seguir.
Atividade física seria qualquer tipo de movimento realizado pelo ser humano envolvendo o componente músculo esquelético a fim de resultar em gasto calórico, como por exemplo, a caminhada. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística apontam para 80,8% de adultos sedentários. A não realização de atividades físicas regulares por parte das pessoas, está acarretando uma crescente e vertiginosa proliferação de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) na população do Brasil.
O sedentarismo está sendo ligado ao desenvolvimento dessas doenças crônicas não transmissíveis, como por exemplo, doenças coronarianas, diabetes tipo 2, obesidade, osteoporose, hipertensão e depressão. Para que essas patologias tenham uma redução considerável, é de suma importância que a população tome consciência dos benefícios que a atividade física trás para a vida.
A atividade física praticada regularmente propicia uma melhora nos níveis de condicionamento cardiovascular, interfere positivamente na prevenção de doenças do coração, aumenta consideravelmente os níveis de HDL (Colesterol Bom), eleva a resistência e a força da musculatura, fortalecendo também as articulações exigidas durante o dia-dia. Além disso, quando praticadas em grupos possibilita uma socialização entre os seus praticantes, podendo até mesmo ser uma forma de combate ao stress.
Os fatores maléficos da inatividade física devem ser tratados como problema de saúde publica. Pratique atividade física não como uma obrigação e sim como uma necessidade. Procure instituições especializadas que contenha profissionais de Educação Física para a orientação dessas atividades físicas. Como exemplo de instituições pode-se citar academias de musculação ou de natação ou contrate um educador físico que trabalhe de forma personalizada, um Personal Trainer, que possa planejar e estruturar o seu programa de atividades físicas.
Vale lembrar que somente a atividade física não trará todo o resultado que você espera, uma alimentação saudável e orientada deve ser inserida. Vale salientar que antes de praticar qualquer atividade física consulte seu médico, para que o mesmo possa liberá-lo para a prática.
Meu caro leitor, saia dessa monotonia e movimente-se, para que sua vida fique menos complicada, mais saudável e equilibrada!!! Caso deseje uma orientação em atividades físicas de caráter personalizado, entre em contato com o número de celular ou e-mail deixado logo abaixo! Até a próxima!

Rafael Ribeiro Germano
Professor de Educação Física e Personal Trainer
Endereço de e-mail: rafael_rgermano@hotmail.com
Telefone para contato: 9958-4368

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

RAFAEL GERMANO - PERSONAL TRAINER

1 vez na semana
R$ 90,00 (4 sessões de treinamento por mês)

2 vezes na semana
R$180,00 (8 sessões de treinamento por mês)

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Caminhadas orientadas, Treinamento de Corrida, Treinamento de Musculação, Aulas de cilismo indoor e de jump para compor um bom treino aerobio!

Telefone para contato: 9958-4368

sábado, 17 de dezembro de 2011

AS LUTAS COMO FERRAMENTA DE ENSINO

Na Educação Física Escolar são aprendidos diversos gestos motores de diferentes modalidades esportivas como, por exemplo, o futsal, vôlei, handball e o basquetebol. Além dos esportes coletivos, o conteúdo lutas faz parte da cultura corporal de movimento onde é vislumbrado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s).

Na atualidade, existem inúmeros sistemas de luta, as chamadas artes orientais: Kung Fu, Tai-Chi-Chuan, Caratê, Judô, Jiu-jitsu, Aikido, Tae-Kwon-Do, Jet-Kune-Do, Kendo, entre outras. Também existem aquelas consideradas ocidentais como: o Boxe, a Esgrima, o Kick-Boxe, etc (FERREIRA, 2006, p.39).


“Nas escolas, a busca de campeões conduz a especialização prematura, inibindo o desenvolvimento do potencial psicomotor das crianças” (OLIVEIRA, 2004, p.34), fato que não é condizente com a Educação Física Escolar.

A Educação Física enquanto componente curricular da Educação básica deve assumir então uma outra tarefa: introduzir e integrar o aluno na cultura corporal de movimento, formando o cidadão que vai produzí-la, e transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir do jogo, do esporte, das atividades rítmicas e dança, das ginásticas e práticas de aptidão física em beneficio da qualidade de vida(BETTI e ZULIANI, 2002, p.75).


Basicamente os gestos motores que são ensinados nas aulas de Educação Física têm como objetivo a vivência da maior quantidade de movimentos diferenciados para que a cultura corporal de movimento seja enriquecida sem a obrigação de perfeição e sim com naturalidade.
Tal situação expressada pela arte marcial que é “a própria pessoa, com todos os seus sentidos e sentimentos naturais desenvolvidos” (Centro Filosófico do kung Fu – Internacional, 1983, p.16).
Com isso, a criança poderá ter uma maior consciência corporal, pois os movimentos básicos de lutas irão proporcionar para a criança desenvolvimentos motores, cognitivos e afetivos – sociais, pois a partir do momento que a criança entrar em sintonia com seu próprio corpo será um ser humano mais evoluído.

No aspecto motor, observamos o desenvolvimento da lateralidade, o controle do tônus muscular, a melhora do equilíbrio e da coordenação global, o aprimoramento da idéia de tempo e espaço, bem como da noção de corpo. No aspecto cognitivo, as lutas favorecem a percepção, o raciocínio, a formulação de estratégias e a atenção. No que se refere ao aspecto afetivo e social, pode-se observar em alunos alguns aspectos importantes, como a reação a determinadas atitudes, a postura social, a socialização, a perseverança, o respeito e a determinação. (FERREIRA, 2006, p.39-40).


Segundo Almeida (2006, p.5), ”através da estimulação motora, a criança desenvolve uma consciência de seu corpo, de si mesma e do mundo a sua volta” e de acordo com o mesmo autor, a prática do karatê desenvolve valências físicas como força, velocidade, agilidade, equilíbrio e coordenação e também noção de espaço em crianças de 7 a 10 anos de idade.
Mediante a esse conceito dado, o mais importante não é a prática constante do karatê ou da capoeira ou de qualquer outra arte marcial e sim o que seus movimentos podem proporcionar de benéfico para a criança em vivência lúdica. Segundo Silva (2003, p.56), “Assim também na capoeira, o corpo é o instrumento-mor na prática da arte-luta”.
A prática da luta nas aulas de Educação Física deve ser inclusa, pois Ferreira (2006) sustenta a idéia de que a mesma deve ser uma ferramenta pedagógica ao profissional de Educação Física e que a luta já está presente no homem desde a pré-história. Ainda de acordo com Ferreira (2006), o motivo pelo qual a luta deve ser inclusa na Educação Física Escolar é para proporcionar aos alunos um maior enriquecimento cultural e de atividades motoras.
As lutas estão cada vez mais presentes no cotidiano do ser humano e é evidente que elas estão ocupando seu espaço na vida das crianças e dos adolescentes nas escolas. Nos dias de hoje não é raro vermos crianças colecionando figurinhas de super-heróis ou até mesmo brincando de luta na recreação.
Contudo, no âmbito escolar as lutas devem ser aproveitadas de forma mais lúdica e não para a formação de competidores. O aluno na escola deve ter a “compreensão do ato de lutar: por que lutar, com quem lutar, contra quem ou contra o que lutar” (Brasil, 1998, p.96) e de acordo com o mesmo autor os alunos devem diferenciar luta e violência que deverá ser trabalhada dentro do contexto escolar.
Segundo Nascimento e Almeida (2007), em uma intervenção realizada em uma turma de 5ª série, em uma escola pública estadual, na cidade de Santo Augusto (RS), foi perguntada para os alunos qual os tipos de lutas eles conheciam. Os alunos falaram vários sistemas de lutas conhecidas e por exclusão foram escolhidos o judô, sumô e a luta greco- romana.
A exclusão dos outros sistemas de lutas, que não fora citado na pesquisa, foi feita mediante ao conceito de luta, onde:

As lutas são disputas em que o(s) oponente(s) deve(m) ser subjugado(s), com técnicas e estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão de um determinado espaço na combinação de ações de ataque e defesa. Caracterizam-se por uma regulamentação especifica a fim de punir atitudes de violência e deslealdade. Podem ser citados com exemplos de lutas desde as brincadeiras de cabo-de-guerra e braço-de-ferro até as práticas mais complexas da capoeira, do judô e do caratê (Brasil, 1998, p.70).


Logo após, os autores da pesquisa fizeram uma abordagem dos sistemas de lutas onde os alunos tiveram que fazer pesquisas para terem os conhecimentos sobre regras, histórias, rituais e crenças que envolviam essas lutas. Além disso, foram feitas visualizações de vídeos das três modalidades em questão.
Conforme os autores da pesquisa, a abordagem do esporte institucionalizado faz com que os alunos tenham um maior conhecimento do esporte de combate, porém esses sistemas de lutas ainda trazem consigo um grande preconceito atribuindo a eles como esportes violentos.
Após os conhecimentos obtidos, as crianças propuseram brincadeiras de lutas, onde nelas fora retratada o judô, o sumô e a luta greco-romana. Após aplicadas os jogos de luta, foi dado às crianças um novo significado sobre as lutas e um novo sentido a alguns preconceitos relacionados a pratica das mesmas. Como exemplo o sumô, que no imaginário das crianças só poderiam ser praticadas por indivíduos pesados.
Adentrando mais ainda nesse tema lutas, de tanta complexidade, deparamos com uma vertente muito comum que é a violência. Muitos alunos ou professores têm receio da pratica lúdica das lutas por não saberem como utilizar as lutas ou até mesmo os movimentos básicos das lutas nas aulas de Educação Física.
De acordo com Nascimento e Almeida (2007), não há necessidade de o professor ter uma formação em lutas, desde que a aula não se desvie para a especialização de alunos/atletas de combate, mas sim na construção de conhecimento para as aulas.
E é nesse ponto que os movimentos básicos de lutas, que são de origem das artes marciais, que dão origem aos jogos de lutas e aos esportes de combate, vêm demonstrar o quanto se deve respeitar o corpo do individuo que está sendo utilizando, tanto para fins lúdicos ou até mesmo fins competitivos